O atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, suspendeu as restrições impostas aos cubanos residentes nos EUA de viajar e remeter dinheiro e outros objetos a Cuba. A medida já havia sido uma promessa de campanha do atual presidente norte-americano. As restrições começaram no ano 1962 com o presidente John Kennedy. Com a derrubada da ditadura de Fulgêncio Baptista em 1959 pelos irmãos Castro (Fidel e Raul) deu-se a Revolução Cubana, que levou Fidel ao poder de Cuba e à consolidação do governo socialista naquele país – fato que não agradou os Estados Unidos, que tinha interesses militares e comercias sobre a ilha. A partir desse momento os EUA passaram a suspender as exportações para Cuba. Em contrapartida, a ilha se aproximou da União Soviética para poder se sustentar, o que fez com que os EUA, sob ordem do então presidente John Kennedy, rompesse a diplomacia com o país socialista. Com as restrições, os cubanos que viviam nos EUA podiam visitar a ilha apenas uma vez a cada três anos. Em 1977 o então presidente norte-americano, Jimmy Carter, liberou as viagens à ilha, mas em 1982 a restrição foi reinstalada por seu sucessor, Ronald Reagen. Foram impostas limitações também em relação à remessa de dinheiro a Cuba: cada cidadão poderia enviar apenas U$1.200,00 por ano para familiares cubanos. Além disso, os EUA criaram o bloqueio econômico que impede até hoje que o comércio de Cuba seja independente e prospere. O embargo comercial proíbe que as filiais estrangeiras de companhias estadunidenses comercializem com Cuba valores superiores a 700 milhões de dólares anuais, entre outras restrições – medida esta que representa um dos mais duradouros embargos econômicos da história moderna. Com todos esses fatores a economia do país foi fortemente afetada. Na época em que tiveram início as restrições, o Brasil passava pela crise do populismo e adotava uma Política Externa Independente (PEI), ou seja, uma postura de autonomia frente às ações dos EUA no período da Guerra Fria. O país, então, se pronunciou contra o embargo, defendendo o direito de autodeterminação dos povos, isto é, o direito de cada povo decidir seu destino sem a interferência de outros países. Depois de muitos anos de restrições, Obama deu ordem aos Departamentos de Estado, de Tesouro e do Comércio para que eliminem qualquer vedação para que os cubanos legalizados nos Estados Unidos visitem familiares e amigos em Cuba e enviem remessas para a ilha. Além disso, o presidente norte-americano autorizou as empresas de telecomunicações a buscar licença para operar na ilha cubana, a fim de facilitar a comunicação entre os dois países. Embora as medidas de suspensão das restrições aproximem os dois governos, elas não eliminam o embargo comercial que está em vigor há 47 anos. Em campanha, Barack Obama já havia alegado que não eliminaria o embargo comercial enquanto Cuba não mostrasse progressos em direção à democracia e aos direitos humanos, objetivo de Obama com as liberações. De qualquer forma, as medidas do atual presidente norte-americano já são uma esperança aos cubanos quanto à possibilidade de encerramento do embargo comercial que isola o país por mais de quatro décadas. |
O embargo econômico, que virou lei em 1992, pode ser tema quente para a prova de história. Nas questões dessa disciplina podem ser cobrados, ainda, aspectos relativos à ligação de Cuba com a União Soviética e, por consequência, temas relacionados ao socialismo e à Guerra Fria. O assunto deve aparecer também nas provas de atualidades, devido ao envolvimento da ONU e da Cúpula das Américas no caso - ambas criticam a situação e pressionam o presidente norte-americano a acabar de vez com o isolamento a Cuba -, ou mesmo nas provas de geopolítica, por tratar-se de uma medida criada logo após a Revolução Cubana. |
EUA suspende restrições aos cubanos
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