Holocausto Nazi: o massacre inegável

Recentemente as declarações do bispo britânico ultraconservador Richard Williamson trouxeram à tona um assunto que já provocou revolta pelo mundo todo. Williamson negou a magnitude do Holocausto ao afirmar que as câmaras de gás nazistas não foram utilizadas durante a II Guerra Mundial para exterminar judeus e que naquela época morreram apenas 400 mil pessoas.

O Holocausto, na verdade, foi o pior dos inúmeros crimes cometidos durante o governo Hitler, e consistiu no extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazista. Foram assassinados ciganos, negros, homossexuais, comunistas, testemunhas de Jeová, doentes mentais e principalmente judeus. Durante a II Guerra Mundial, qualquer pessoa que fosse contra o governo nazista era enviada aos campos de concentração, onde vivia sob condições de higiene precárias e era forçada a trabalhar nas indústrias vitais para a sustentação da Alemanha.

Hitler assumiu o poder em 1933, quando, além de presidente e chefe de governo, foi nomeado Füher (chefe do Partido Nazista), cuja “plataforma” de governo era principalmente a discriminação e o racismo. No ano seguinte Hitler foi nomeado também chefe do exército e das forças armadas, o que reforçou ainda mais o seu poder.

Após assumir o comando da Alemanha e declarar guerra aos aliados que venceram a I Guerra Mundial, Hitler deu início à perseguição dos povos que não pertenciam à raça ariana (pele branca e olhos claros), considerada superior, promovendo a chamada “limpeza étnica”, que consistia basicamente na eliminação dos judeus da Europa.

O racismo era tão grande que em 1935 foi editada a Lei Nuremberg, que proibia os judeus de casar ou manter relações com arianos. Além disso, eles eram obrigados a usar uma estrela amarela na frente e nas costas para se diferenciar do restante da população. Foram, ainda, banidos de empregos públicos, e em 1937 foi publicado um decreto que eliminava completamente os judeus da economia alemã.

Em 1941 foi criado um plano de genocídio contra a população judaica, denominado Solução Final. A idéia era exterminar de vez os judeus da Europa, pois, segundo os nazistas, só assim a raça ariana poderia evoluir. No mesmo ano foi criado o primeiro campo de extermínio da história da humanidade, chamado Chelmo.

No ano seguinte aconteceu a Conferência de Wannsee, em que um grupo de oficiais nazistas discutiu o extermínio em massa dos judeus. A partir daí novos campos de concentração foram criados (a maioria deles fora da Alemanha, principalmente na Polônia) e os judeus começaram a ser transportados para esses campos, onde até a forma de matar foi otimizada – os nazistas passaram a utilizar o gás zyklon-B, que era fácil de encontrar e podia matar milhões de pessoas em pouco minutos.

Já no final da Guerra, conforme as forças aliadas atravessavam a Europa em uma série de ofensivas contra a Alemanha, os prisioneiros dos campos de concentração iam sendo libertados. Essas marchas continuaram até o dia da rendição da Alemanha, que ocorreu em 7 de maio de 1945. Dois dias depois a União Soviética proclamou o Dia da Vitória.

Diante da comprovação de todo esse massacre, a Igreja Católica já afirmou que qualquer negação ao Holocausto é intolerável e inaceitável. O próprio bispo Williamson, dias após o polêmico pronunciamento, pediu desculpas aos sobreviventes, aos parentes das vítimas e à Igreja Católica, e afirmou que não sabia da gravidade dos danos provocados pelo Terceiro Reich, como era chamada a Alemanha durante o governo de Adolf Hitler.

A polêmica causada pelas declarações do bispo Richard Williamson, aliada aos 90 anos da criação do Partido Nazista (inicialmente chamado Partido dos Trabalhadores Alemães), faz do Holocausto tema forte para o próximo vestibular. As questões podem exigir conhecimento não apenas sobre o governo Hitler, mas também a II Guerra Mundial, durante a qual ocorreu o massacre, e, a partir daí, a Guerra Fria e o triunfo do capitalismo denominado pelos Estados Unidos. A partir da ditadura nazista as provas podem cobrar, ainda, conhecimento sobre outros governos ditatoriais, como o de Mussolini na Itália, o de Salazar em Portugal ou o de Fidel Castro em Cuba, ou até mesmo sobre a criação do Estado de Israel, devido à relação direta com os judeus.
DOWNJÁ
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