Tudo começou na
Ucrânia (Kiev), quando houve a formação do antigo império russo pela etnia eslava (brancos) onde seu núcleo está
situado na Ucrânia, Bielorrusia e Rússia, desde muito tempo. A partir destes 3 países, houve a expansão da
etnia eslava em detrimento de outras nacionalidades, principalmente com Ivan
IV, o terrível. Com o imperador Pedro, o grande, durante os séculos
XVII e XVIII, houve o avanço do império russo em direção ao Mar Báltico, onde está localizado São Petesburgo (ex-Leningrado), e a Sibéria (hoje pertence aos EUA - grandes
reservas de petróleo). Houve uma
imposição da cultura eslava para os outros povos (russificação), incluindo os
conceitos da Igreja Católica Ortodoxa,
em cima de muitos muçulmanos (islamistas). Em
1905, Nicolau II, foi derrotado pelo Japão na famosa guerra da Mandchúria, devido a posse das terras com este mesmo
nome, localizada no sudeste da Ásia (atual Coréia - rica em recursos naturais,
petróleo), até onde se pretendia chegar a ferrovia Transiberiana (saindo de
Moscou - maior do mundo). Devido a
derrota, o imperador começou a perder seus poderes e a situação socia-economica
piorou, assim, conselhos populares (soviets)
formaram uma revolta para derubar o imperador na capital (São Petesburgo), mas
foi esmagada pelas tropas imperiais; esta revolta foi chamado de Ensaio Geral.
A Rússia, pôr volta
do século XX, possuía sua população, apesar de ser 80% rural, em condições
paupérrimas.
Em 1917, assume o
poder a minoria do POSDR (Partido
Operário Social Democrata Russo), os Mencheviques
(Plekhanov), mas pôr não terem
melhorados as condições de vida da população e, principalmente não terem saído
da II GM, os soviets, juntamente com os Bolcheviques
(Lenin) (maioria), articularam uma revolução dentro da revolução, neste mesmo
ano. Em 1918, houve uma guerra civil que
durou até 1921, de um lado o exército branco,
anti-revolucionário, ( Mencheviques e o capital externo), e de outro, o exército vermelho, revolucionário,
(Bolcheviques e os soviets, marxistas).
Neste mesmo ano, o partido Bolchevique promoveu uma redistribuição de
terras, criou a NEP (constituía um plano econômico em que se daria um passo
para trás e dois para frente, permitindo a instalação de multinacionais, a fim
de se adaptar ao novo regime), dissolveu a assembléia constituinte, atualizou o
sistema financeiro, instituiu o unipartidarismo, pois mesmo os outros partidos
marxistas ou socialistas, podiam estar aliados ao capital externo, além de
mudar seu nome para Partido Comunista. Este partido deveria ser disciplinado e
deveria representar o proletariado e o campesinato, em nome dos quais se
processaria a revolução; o partido deveria ser composto pôr indivíduos
intelectualizados com o objetivo de serem os portadores de consciência e a
vanguarda da Revolução para o comunismo (teoria
marxista-leninista). Em 1922, o
Partido Comunista Russo mudou de nome para PCUS
(Partido Comunista da União Soviética), pois a Rússia englobou mais de 300
nacionalidades diferentes (em 14 estados), como os Czares, passando a se chamar
URSS; continuando o domínio dos eslavos sobre os outros povos, pois a maioria
no partido era sempre eslava.
É
bom notar, que o governo autoritário apenas mudou de nome e de atitudes,
passando a se justificar em nome do socialismo, ao contrário dos Czares que se
justificavam em nome de Deus.
Em 1924, com a morte
de Lenin, aconteceu uma grande disputa para quem iria dirigir o PCUS, e com
isso a URSS. De um lado, Trotsky, que
defendia um partido descentralizado, além de querer promover uma expansão do
socialismo; é bom destacar, que Trotsky, foi opositor de Lenin antes da
revolução, não querendo um governo centralizado na mão de uma única pessoa,
pois isto facilitaria a corrupção e o domínio sem escrúpulos de uma só pessoa,
mas acabou fazendo parte desta máquina prevista, ao entrar no Partido
Bolchevique. Do outro, Stalin, querendo
garantir o socialismo dentro da URSS, portanto, uma revolução interna do
socialismo.
Governo: Stalin (1924-1953).
Trotsky, perseguido pôr
Stalin ( expulso do PCUS -1927- e da URSS -1929), acaba fugindo para o México,
e de lá, começa a divulgar as atitudes autoritárias de Stalin, dizendo que ele
estava transformando a URSS em uma república “capitalista”, tendo o governador
como grande proprietário, sem escrúpulos, que usa todos os recursos para se
manter no poder. Trotsky acabou morrendo
em 1940, a mando de Stalin, apunhalado pelas costas pôr seu empregado no
México.
O ditador
“socialista” Stalin, que seguiu a previsão feita pôr Trotsky, matou
ex-companheiros ou mandou para a Sibéria, pôr discorda-los (Nicolai Bukharim),
através de informações de sua polícia secreta, a KGB ( ex-Cheko, de
Lenin). Promoveu uma industrialização
apenas com indústrias pesadas; promoveu uma coletivilização forçada em muitas
terras (kulocs - sovcoses e
colcozes), tendo como saldo a morte de 13 milhões de camponeses; os artistas
plásticos eram obrigados a pintar o realismo
stalinista, onde Stalin era passado de forma perfeita (maior gênio da
humanidade), iludindo a população; criou os Planos Qüinqüenais, planificando a economia; além de instituir o
trabalho escravo na Sibéria (arquipélago Gulag); construiu grandes obras para
enaltecer o “socialismo stalinista”, construção do metro em Moscou. Este período foi marcado pela morte de cerca de 40 milhões de pessoas.
Em 1953, morre
Stalin.
Governo: Malenkov (1953).
Governo provisório.
Governo: Nikita Kruchev (1953-1955-1964).
Governante provisório
até 1955, passou a ser permanente logo depois.
Promoveu uma desestalinização
(degelo), promovendo uma certa abertura, libertando presos políticos e
reabilitando-os, fazendo uma certa descentralização (pequenos mercados
privados), mas mesmo assim, a estrutura geral continuou a mesma.
Coexistência Pacífica: aproximação com os EUA para obter
apoio, visitando este país em 1959 (maquiou as divergências, não acabando com a
guerra fria); tratado de não proliferação de bombas atômicas. Fazendo com que houvesse o rompimento sino-soviético, pois a China de Mao
Tse Tung, não concordava com esta aproximação com o Ocidente; também, pôr causa
de disputas dentro do bloco socialista.
Em 1962, houve a Crise dos Mísseis, onde a URSS foi
derrotada, ao ceder aos EUA, a desinstalação de plataformas de mísseis
localizadas em Cuba, após aviões americanos descobrirem-nas. Este episódio quase fez eclodir uma guerra
mundial.
Invadiu a Hungria e
acabou com o processo de abertura ensaiada pelo dirigente Imre Nagy.
Em 1964, houve um
golpe dentro do PCUS que derrubou Krushev (se diz Krushov).
Governo: Leonid Brejnev (1964-1982).
Neo-Stalinista, concentrou os
poderes, além de beneficiar a indústria de base e equipamentos (bélica). E deu seqüência aos planos qüinqüenais na
URSS e no Leste Europeu (países do COMECON).
Détente (distensão): continuação da coexistência pacífica, mas agora com outro nome;
interrompida em 1979, com a invasão russa ao Afeganistão.
Tinha o direito de
intervenção em toda área de influencia, como nos outros governos (doutrina
Brejnev), onde, em 1968, invadiu a Checoslováquia,
de acordo com o Pacto de Varsóvia (ajuda militar entre os países socialistas) e
massacrou o movimento conhecido como Primavera
de Praga, que queria democratizar o
socialismo, tendo como líder Dobcek.
Alargou a influencia
na África e na Ásia através do apoio aos movimentos de libertação (Angola -
MPLA, contra Portugal de Agostin Neto; Vietnã, apoio material e econômico;
entre outros), apoiou a Índia contra o Paquistão Ocidental (aliado dos EUA e
China), apoiou o Vietnã na invasão ao Camboja (aliado da China) no final da
década de 70.
Houve muita corrupção
em seu governo, onde sua filha, Galina, fazia contrabando de diamante (família
ligada com a máfia), além de Brejnev fazer coleção de carros de luxo ocidentais
e cavalos de corrida.
Brejnev morre em
1982.
Governo: Yuri Andropov (1982-1984).
O período Andropov
foi marcado pelo combate à corrupção,
valorização das técnicas em detrimento dos burocratas, fortalecimento do
partido e do Estado em detrimento dos líderes.
Externamente, procurou manter os compromissos geopolíticos soviéticos e
ainda teve que enfrentar a truculência dos EUA (gestão Reagan).
Andropov morre em
1984, devido a sua idade.
Governo: Constanti
Tchernenko
(1984-1985).
Seguiu os moldes de
Andropov.
Morre em 1985,
também, de velhice.
Governo: Mikhail
Gorbatchov
(1985-1991).
Advogado (havia
trabalhado com Krushev), indicado pela filha de Thernenko, pega uma Rússia com
baixa expectativa de vida, resumindo-se em um país falido.
Perestroika: foi uma reforma (revolução) promovida pôr
Gorbatchov, em busca de um estado novo, nas áreas: política (Glasnost - democratização e controle
sobre os órgãos públicos), econômica e social; aumentando a produção de
diversos bens de consumo para a população (estes produtos estavam defasados em
relação ao Ocidente), aumentando a qualidade de vida e a eficácia das empresas
(concorrência e lucro), incentivando a formação de empresas privadas (abertura
para as multinacionais), envolvendo mais a população na política, e acabando
com a censura.
Graças a Perestroika,
o mundo pode acompanhar de perto, o maior acidente nuclear do mundo, em 1986,
acontecido devido a pane do reator 4, da usina Termonuclear de Chernobyl
(Ucrânia). Foram atingidas vasta
quantidade de terras, e mais de 500 mil pessoas.
Em 1988, houve
eleições para o parlamento (Congresso dos Deputados do Povo), necessitando
apenas 500 assinaturas para ser candidato (sem ligação com o PCUS), tendo como
candidato mais bem votado Boris Ieltsin, pela Rússia, que tinha feito um
discurso populista, querendo mais rapidez nas reforma promovidas pôr Gorbatchov
(usou o sentimento do povo). Enquanto
isso, foram organizadas Frentes Populares, principalmente nas repúblicas do
Báltico (Letônia, Estônia e Lituânia), com discursos ecológicos e neo-nacionalistas
que proliferaram pôr todas as repúblicas.
Propôs acordos para
encerrar conflitos na área de influencia soviética ( Angola, Camboja), além de
começar a retirar as tropas do Afeganistão.
Negociou com os EUA a redução de armas de longo alcance na Europa.
Tratado da União: um plano proposto pôr Gorbatchov para dar
mais autonomia às repúblicas, mas regularia as transações financeiras e de
crédito, além de ajuda mútua em caso de guerra externa (pretendia evitar
guerras internas); ficando o resto a critério das repúblicas, inclusive o
direito de participar do tratado - cabalmente o dirigente soviético propunha
uma Federação.
Em 1991, setores
stalinistas (czaristas), dizendo que Gorbatchov estava louco, deram um golpe
para evitar a assinatura do tratado, assumindo o vice pôr apenas 60 horas,
retornando Gorbatchov ao poder com o apoio do povo, da U.E. e dos EUA, devido
as suas reformas. Neste momento Ieltsin
vai as ruas para manifestar seu populismo.
É bom destacar que o PCUS não
mandou tropas para massacrar o estudantes, como ocorreu na China, onde a
abertura só acontece no campo econômico (Massacre da Primavera de Pequim, onde
o partido comunista chinês, mandou tropas de outro canto do país - outra etnia
- esmagar os manifestantes).
Já no final de 1991,
Lituânia, Letônia e Estônia, declararam independência da URSS, e Gorbatchov
tentou em vão fazerem-nas assinar o Tratado de União. Ieltsim cria a CEI ( Rússia, Bielorrusia e
Ucrânia), onde todos os países assinam, não existindo mais a URSS, pois a CEI
não se configurava como um país, apenas o interesse geopolítico da Rússia de
Ieltsin sobre as outras repúblicas (o povo saiu perdendo, Gorbatchov não
conseguiu restaurar o sistema proposto pôr Lenin); assim, Gorbatchov não era
governante de mais nada, acabando pôr renunciar.
Governo: Boris Ieltsin (1991-até hoje).
Governante da Rússia,
venceu as últimas eleições realizadas a pouco tempo, disputando com candidatos
fascista (Girinovsk) que queriam reimplantar uma Rússia com os mesmos domínios
dos Czares (incluindo o Alasca), e também com Gorbatchov (sem chances).
Demagogo e
oportunista. Implantou um governo
neo-liberal, a fim de se enquadrar nos moldes do FMI e do BIRD, chegando ao
ponto de bombardear o parlamento para conseguir apoio, assim, para governar
sobre decretos (apoiado pela Europa e EUA, é claro).
CONFLITOS RECENTES (Não
eficácia da CEI).
Geórgia:
Neste país do
Cálcaso, separatistas muçulmanos, numa república multirracial, querem separar a
Osédia do Sul e Abkahazia da Rússia, promovendo uma batalha sangrenta (a Osédia
do norte faz parte da Geórgia).
Armênia x Azerbaijão:
A Armênia com sua
maioria cristã, reivindicam a posse das terras de Nagorno Karabakh, que foi
doada para o Azerbaijão, para que Stalin obtesse apoio para derrotar Trotsky,
cuja maioria é muçulmana. Ambas são
independentes da Rússia.
Tchetchênia:
Foi incorporada no
Século XIX à federação Russa, onde 60% de sua população é muçulmana. Em 1991, Dudarev vence as eleições locais, e
pede a separação; esta não aceita pôr Boris Ieltsin, que conseguiu abafar. Em 1994, o movimento de separação explodiu,
travando várias guerras com o governo russo, onde os rebeldes foram
exterminados a mando de Boris Ieltsin (faxina étnica). É a única região, destas citadas, que não é
separada da Rússia.
Muçulmanos:
São uma ameaça de
separação na Ásia Central (maioria muçulmana): Azerbaijão, Cazaquistão,
Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão, entre outros países,
próximos a Rússia, pôr serem financiados pelos fundamentalistas islâmicos
(promoveram a revolução xiita no Irã), podem levar muçulmanos russos a
movimentos de independência.
Só lembrando a vocês: qualquer duvida que vocês tiverem,sugestão ou critica poste um comentario!!
Abraços galera!! :)
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