Exercícios História Mackenzie 2011

Questão nº 1
Nosso povo sacudiu as cadeias que pesavam sobre ele há quase cem anos, para fazer do nosso Vietnã um país livre.
Pronunciamento realizado na proclamação da independência do Vietnã, em 1945, por líderes vietnamitas
Após a longa e exaustiva guerra colonial que se travou no Sudoeste Asiático e que ocasionou, em 1954, a derrota francesa, em Dien Bien-Phu, a principal consequência foi

a) uma maior trégua verificada durante esse conflito, contando com o recuo das tropas vietnamitas para a China e dos regimentos franceses para o sul do país.
b) a intervenção, primeiramente de forças chinesas, seguida pelo envio de tropas norte-americanas que acabam por se envolver no conflito vietnamita.
c) a proclamação de um governo com bases democráticas que passou a se chamar de Vietnã do Sul, contando com o apoio político dos EUA.
d) o reconhecimento da independência dos territórios da Cochinchina e do Laos, que passaram a constituir o atual Vietnã.
e) a independência do Camboja, do Laos e do Vietnã, sendo, este último, temporariamente dividido em Vietnã do Norte e Vietnã do Sul.

Questão nº 2
Fatos e acontecimentos históricos podem ser analisados de muitas maneiras.
Refletir, por exemplo, a respeito da formação da nação brasileira entre as décadas de 1830 e 1870, é tentar compreender seus aspectos econômicos, sociais, políticos e culturais. Nesse sentido, a visão conservadora a respeito da História do Brasil considera esse período sob a ótica da “turbulência” – ou “desordem” – e da “calmaria” – ou “ordem”. Mesmo contestada por novos estudos, essa dicotomia tradicional, no período citado, pode ser encontrada analisando-se,
respectivamente,

a) o Período Regencial e o Período Pré-colonial.
b) o Período Regencial e o Segundo Reinado.
c) o Segundo Reinado e o Primeiro Reinado.
d) o Primeiro Reinado e o Período Regencial.
e) o Período Pré-colonial e o Segundo Reinado.

Questão nº 3

No ano de sua independência, o Brasil tinha [...] tudo para dar errado.
De cada três brasileiros, dois eram escravos, negros forros, mulatos, índios ou mestiços. Era uma população pobre e carente [...]. O medo de uma rebelião dos cativos assombrava a minoria branca. O analfabetismo era geral. [...]. Os ricos eram poucos e, com raras exceções, ignorantes.
O isolamento e as rivalidades entre as províncias prenunciavam uma guerra civil [...].
Laurentino Gomes, 1822 É correto afirmar que a independência do Brasil só não confirmou os temores apresentados no trecho,

a) porque ao defender a revolução popular de inspiração camponesa, inspirou legisladores como José Bonifácio e Joaquim Nabuco a defenderem a emancipação completa em relação a Portugal.
b) porque o povo conseguiu entender os anseios de D. Pedro e da elite brasileira, ao pegar em armas e defender até a morte uma independência que parecia condenada em sua própria estrutura.
c) porque foi realizada à revelia da população pobre – destacadamente de origem africana e indígena – uma vez que suas simpatias pela Revolução Americana ameaçavam os poderes da elite branca.
d) porque parcelas significativas da elite brasileira se aglutinaram em torno de D. Pedro, a fim de manter as antigas bases de um Brasil colonial na estrutura do novo país que nascia em 1822.
e) porque foi inspirada pela Revolução Francesa e pelas ideias iluministas, no contexto da crise do Antigo Sistema Colonial, sendo liderada pela elite burguesa contra a tirania representada por D. Pedro.

Questão nº 4

Rui Barbosa, quando assumiu a função de ministro da Fazenda durante o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891), pretendeu garantir a independência econômica do Brasil frente ao capitalismo europeu.Para ele, a República somente se consolidaria ... sobre alicerces seguros quando suas funções se firmarem na democracia do trabalho industrial. Sua política financeira, contudo, não foi bem sucedida, como mostra a charge dada, devido à


a) emissão de papel-moeda em larga escala para incentivar o crédito para investidores do setor industrial, o que gerou uma política inflacionária, visto que o aumento do meio circulante não foi acompanhado pela elevação da produção interna.
b) restrição de crédito para financiamento de novas empresas, além de cortes no gasto público e aumento dos impostos, o que gerou diversas manifestações, principalmente no meio do operariado nacional, prejudicado pelo aumento no custo de vida.
c) adoção de tarifas alfandegárias protecionistas e estímulo às indústrias nacionais visando a aumentar a produção nacional, porém congelou os salários dos trabalhadores e aumentou os gastos na construção de obras públicas.
d) realização de uma política financeira anti-inflacionária que buscou equilibrar nossa economia frente aos prejuízos herdados do período monárquico, graças aos vultosos empréstimos externos, realizados para sanar o déficit orçamentário.
e) especulação financeira graças à facilidade de créditos concedidos pelo governo, que ao invés de contribuir para a instalação de novas indústrias no país, foram utilizados para saldar as dívidas dos cafeicultores perante os banqueiros estrangeiros.

Questão nº 5
De qualquer maneira, há, variável segundo as indústrias, um limite à concentração absoluta. Se, por exemplo, o mesmo truste de sabão [...] é levado não só a lançar concorrentemente sobre o mercado várias marcas de detergente [...], mas ainda a dotar cada marca de uma certa autonomia [...], é porque a máxima eficiência comercial se encontra nessa forma
estranha, mas relativamente descentralizadora de autoconcorrência.
Edgar Morin, Cultura de Massas no século XX: neurose De acordo com o texto, a predominância de uma política neoliberalista pelos países capitalistas, determinou um tipo de comportamento social, cada vez mais frequente no mundo pós-moderno, como demonstram as práticas publicitárias.
É possível verificar que os indivíduos, nas sociedades atuais, são orientados

a) por uma postura social mais direcionada para as questões de sustentabilidade do planeta.
b) pela adoção de práticas efetivas, voltadas à inserção das minorias em nossas sociedades.
c) por atitudes que comprovam o retorno de um espírito cooperativista nas sociedades capitalistas.
d) pela orientação e busca de instituições ou partidos que permitam uma participação maior da sociedade civil.
e) pelo individualismo e pela indiferença frente às propostas políticas e ideológicas em tais sociedades.

Questão nº 6
Quando se percorre a história das repúblicas, vê-se que todas elas foram ingratas com seus concidadãos: mas há menos exemplos disto em Roma do que em Atenas, ou em qualquer outra cidade de governo popular.
Se se quiser conhecer a razão, creio que ela está em que os romanos tinham menos motivos do que os atenienses para temer a ambição dos concidadãos.
Nicolau Maquiavel, Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio Podemos considerar as conclusões de Maquiavel verdadeiras se levarmos em conta que,

a) em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os cidadãos, que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a desconfiança em relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os atenienses criaram a instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente democracia.
b) em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam as liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já em Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os tiranos exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas populares.
c) em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à política, por meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto da sociedade; já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso, gerava constantes conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite
aristocrática.
d) em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava do poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres, crianças, escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados cidadãos, sem distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas da cidade.
e) em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições republicanas só foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida pelos povos denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da tirania, exercida por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição
dos eupátridas.

Questão nº 7
Na França de Luís XIV, o Estado dinástico atingiu maturidade
e começou a evidenciar algumas de suas características clássicas:
burocracia centralizada; proteção real para impor fidelidade; sistema
de tributação universal, mas aplicado de maneira injusta; supressão da
oposição política pelo uso do protecionismo ou, se necessário, da força e
cultivo das artes e ciências como meio de aumentar o poderio e prestígios
nacionais. Essas políticas permitiram à monarquia francesa alcançar
estabilidade política, implantar um sistema uniforme de leis e canalizar
a riqueza e os recursos nacionais a serviço do Estado como um todo.
M. Perry, Civilização Ocidental

O texto apresenta características importantes a respeito do Antigo Regime (XV-XVIII). Dessa forma, é correto afirmar que tal período foi marcado pela tríade

a) Iluminismo-mercantilismo-sociedade estamental.
b) Absolutismo-liberalismo-sociedade estamental.
c) Absolutismo-mercantilismo-sociedade estamental.
d) Iluminismo-mercantilismo-sociedade sectária.
e) Absolutismo-capitalismo monopolista-sociedade estamental.

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