Estados Unidos X Iraque: Guerra do Golfo


George H. W. Bush X Saddam Hussein

No ano de 1990, após a queda do muro de Berlim (1989), os Estados Unidos da América declararam guerra ao Iraque. A Guerra Fria havia terminado, mas os norte-americanos já estavam envolvidos em outro conflito.

O principal motivo do conflito entre Iraque e Estados Unidos (Guerra do Golfo) foi a invasão iraquiana do Kuwait (região do Golfo Pérsico). O líder e ditador iraquiano Saddam Hussein justificava a invasão solicitando direitos pelos portos de Bubián e Uarba, que abririam novos acessos ao Golfo Pérsico. Outra reivindicação iraquiana foi o perdão da dívida de 2 bilhões de dólares contraída pelo Iraque no período da guerra do Irã (1980-1988).

O estopim para a invasão do Kuwait pelo Iraque foi a acusação realizada por Hussein de que o Kuwait estava prejudicando o mercado petrolífero iraquiano, vendendo mais barris do que a cota permitida pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Após as divergências em relação ao mercado petrolífero, o Iraque anexou o Kuwait ao seu território.

No mês de dezembro de 1990, a Organização das Nações Unidas solicitou, aos países integrantes dessa instituição, a luta pela libertação do Kuwait. Em dezembro de 1990, o Iraque havia recebido o último pedido de retirada das suas tropas do Golfo Pérsico. No mês de janeiro de 1991, a coalizão liderada pelos Estados Unidos da América iniciou uma campanha militar contra o Iraque.

Essa guerra perdurou cerca de 40 dias, constituindo-se de um conflito rápido, mas intenso. Até meados do dia 24 de fevereiro, os combates foram basicamente aéreos. Posteriormente, ações terrestres tiveram início e duraram cerca de três dias, tempo no qual Saddam retirou suas tropas do Kuwait.

Os Estados Unidos demonstraram seu potencial militar utilizando as mais sofisticadas armas e munições produzidas pela indústria bélica. O conflito se tornou uma das primeiras guerras da história que foram transmitidas pela televisão concomitantemente ao conflito. Milhões de pessoas presenciaram a aclamação do horror e as audiências televisivas aumentaram surpreendentemente. Vale ressaltar que os meios de comunicação ocultavam e não revelavam nenhuma imagem relacionada às mortes, transmitiam somente o “show pirotécnico” propiciado pelos armamentos (luzes que cortavam os céus).

Com a duração de 40 dias, estima-se que esse conflito vitimou mais de 100 mil soldados e 6 mil civis. Um dos principais motivos das transmissões televisivas da Guerra do Golfo era demonstrar a eficiência militar dos Estados Unidos: eles atingiram somente alvos militares (a chamada “guerra cirúrgica”), porém o que se percebeu, na realidade, foi uma carnificina humana, que matou vários jovens, adultos e crianças entre a população civil.        

Por Leandro Carvalho
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