Botânica Anatomia do Caule

Quando cortamos um caule jóvem de dicotiledônea e um de monocotiledôneas, notamos que existe entre êles uma diferença bem acentuada. Enquanato que no caule de dicotiledônea se pode observar um cilíndro central bem destacado nas monocotiledôneas isto não ocorre pois os tecidos de condução são encontrados dispersos, tanto na periferia como na parte central do caule, não se podendo individualizar uma região central em que o xilema e floema se localizassem.

Chamamos de eustélica (eu=verdadeiro + stele= cilindro central} a estrutura dos caules de dicoti-ledôneas e das gimnospermas, que lhes são semelhantes. Quanto ao caule de monocotiledôneas, sua estrutura é demomida de astélica (a=sem + stele= clindro central) por não possuir cilíndro central.

Via de regra, os caules das dicotiledôneas, com o passar do tempo, formam meristemas secundários que fazem com que engrossem, formando uma estrutura secundária, Já os caules das monocotiledôneas, salvo rarísssimas excessões, não engrosssam, ficando com uma estrutura primária durante a vida inteira.

Estrutura eustélica primária de um caule de dicotiledônea
Casca Epiderme Uma única camada, com estômatos e cutícula
Parênquima cortical Tecido de preenchimento que fica abaixo da epiderme na região que é denominada de cortex. Junto com esse parên- quima, geralmente é encontrado o colênquima.
Endoderme É a camada mais interna da casca.não pode ser visualizada facilmente por não possuir "estrias de Caspary", como na raíz. Acumula amido.
Cilíndro central Periciclo Também não aparente como na raíz
Feixes condutores Xilema e floema formando feixes colaterais abertos, com o xilema por dentro e o floema por fora, separados pelo câmbio
Medula Parênquima interno que acumula substâncias de reserva


Obs: para fazer com que a endoderme do caule se torne visível, basta que passemos sobre um corte de caule um pouco de Iodo ou lugol (solução de Iodo com alcool). A endoderme após este tratamento, se observada ao microscópio adquirirá uma coloração roxa ou azul-escura, resultante da relação do iodo com o amido.



O caule das monocotiledôneas, como pode se verificar na figura abaixo, não é dividido em casca e cilindro central e os feixes condutores são colaterais fechados pois entre o xilema e o floema não existe câmbio.

Estrutura eustélica secundária de caule de dicotiledôneas
Casca Súber Tecido de reserva secundário, pluriestraatificado
Felogênio Meristema secundário que faz com que a casca engrosse
Feloderme Parênquima secundário formado pelo felogênio
Cilíndro central Floema secundário Floema secundário formado pelo câmbio
Câmbio Meristema secundário que faz o cilíndro central engrossar
Xilema secundário Xilema secundário formado pelo câmbio, juntamente com fibras de esclerênquima forma a madeira.



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