Sem novos acordos climáticos, emissões mundiais do gás chegarão a 40,4 bilhões de toneladas até 2030
Reuters
NOVA YORK - As emissões globais de dióxido de carbono, o principal gás causador do efeito estufa, aumentarão mais de 39% até 2030 em relação aos níveis de 2006 se não forem adotadas políticas novas e pactos obrigatórios para reduzir a poluição que aquece o planeta, disse nesta quarta-feira, 27, a principal agência norte-americana de previsões energéticas.
Quase 200 países devem reunir-se no final deste ano em Copenhague para formular um novo acordo para controlar a emissão dos gases estufa que substitua o Protocolo de Kyoto, cuja vigência termina em 2012.
Além disso, o presidente norte-americano, Barack Obama, e líderes da Câmara e do Senado dos EUA esperam regulamentar os gases estufa através de um mercado de tetos e comércio de emissões.
Sem novos acordos, que se prevê que fomentem novas tecnologias limpas como o uso da energia solar e dos ventos e o enterro subterrâneo do dióxido de carbono, as emissões mundiais do gás chegarão a 40,4 bilhões de toneladas até 2030, contra 29 bilhões de toneladas em 2006, disse a Administração de Informação Energética, braço independente de estatísticas do Departamento de Energia.
Boa parte do aumento nos níveis de poluição deverá vir de países em desenvolvimento como China e Índia, que queimam muito carvão.
"Com o crescimento econômico forte e a dependência grande e continuada de combustíveis fósseis prevista para a maioria das economias em desenvolvimento, boa parte do aumento na emissão de dióxido de carbono está previsto para ocorrer entre as nações em desenvolvimento", disse a EIA em seu relatório anual sobre Perspectivas Energéticas Internacionais.
Os EUA - o segundo maior emissor mundial de gases estufa, depois da China - é de longe o maior emissor dos gases em base per capita.
ESTADÃO
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