Crise econômica deixa o mundo mais violento, diz estudo

LONDRES (Reuters) - A crise econômica deixou o mundo mais violento e instável no ano passado, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira, que apontou a Nova Zelândia como o lugar mais pacífico, e o Iraque como o mais turbulento.

O impacto da elevação do preço de alimentos e combustíveis, no começo de 2008, e o agravamento da crise econômica global meses depois, afetaram a paz mundial, de acordo com o Índice da Paz Global, compilado por uma unidade do grupo que edita a revista The Economist.

O enfraquecimento econômico propiciou mais instabilidade política, manifestações e criminalidade em alguns países, de acordo com o estudo, disponível em inglês no site www.visionofhumanity.org/gpi/home.php.

"O desemprego em rápida expansão, o congelamento dos salários e a queda no valor dos imóveis, poupanças e pensões está provocando um ressentimento popular em muitos países, com repercussões políticas", diz o relatório.

A Islândia, país mais pacífico no ano passado, caiu para quarto lugar depois dos protestos violentos desencadeados pela grave crise na ilha.

"Há uma fortíssima correlação entre paz e riqueza", disse à Reuters Steve Killelea, criador do Índice da Paz Global. "A paz é um importante indicador da prosperidade econômica."

A Nova Zelândia lidera o ranking de 144 países em parte graças à eleição de uma coalizão com forte maioria parlamentar e às baixas taxas de homicídios e gastos militares no país. Entre os "top 10" estão todas as principais nações escandinavas, mais Áustria (quinto), Japão (sétimo) e Canadá (oitavo).

Foram analisados 23 indicadores, inclusive estabilidade política, guerras, direitos humanos, taxas de homicídios, gastos militares, relações internacionais e risco de terrorismo.

Os autores do estudo, que está no terceiro ano, dizem que "países pequenos, estáveis e democráticos", especialmente na Europa, se saem consistentemente melhor.

O Brasil subiu cinco posições, de 90o para 85o lugar, ficando entre Cazaquistão e Ruanda. Os EUA avançaram seis posições (foram para 83o), a China permaneceu em 74o, e a Rússia está perto da lanterna, em 136o lugar.

Os três piores países da lista são Iraque, Afeganistão e Somália, considerados em "estado de conflito e sublevação em andamento."
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