
Participa nas guerras persas, o que contribui para configurar a sua imagem de Atenas. Está na Sicília, na corte de Hierão de Siracusa, onde entra em contacto com os círculos pitagóricos.
Ésquilo é o verdadeiro criador da tragédia, à qual deu dimensões literárias e sociais. Com exceção de Os Persas, que é a única tragédia grega baseada num tema contemporâneo, todas as obras de Ésquilo tratam temas alusivos aos heróis e aos deuses. Conservam-se sete: a trilogia da Oresteia (Agamémnon, Coéforas, Euménides), Os Persas, As Suplicantes, Os Sete contra Tebas e Prometeu Agrilhoado. Esta última desenrola-se num universo brutal e desgarrado por oposições irreconciliáveis: Prometeu, que rouba o fogo (o conhecimento) aos deuses para o dar à humanidade, é impotente perante o poder tirânico e desmesurado de Zeus, que o condena a um tormento sanguinário e permanente. Esta oposição decide-se noutras duas tragédias perdidas, que formam a trilogia dedicada a Prometeu.
Em linhas gerais, o estilo de Ésquilo é vigoroso e as suas tragédias elevam o ânimo a um mundo superior; os seus personagens, como corresponde à divindade, são grandiosos e ideais.
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