
Não há, porém, uma única teoria criacionista, mas várias, conforme a religião e o livro sagrado que se adota. Segundo a mitologia grega, o homem seria produto dos trabalhos de Epimeteu, que teria gerado o Homem repleto de imperfeições, sem vitalidade, a partir de um modelo de barro. Compassivo, seu irmão Prometeu, com o sacrifício próprio, roubou o fogo dos deuses para trazer à Humanidade a vida tão desejada.
O Cristianismo tem sua própria teoria explicativa, narrada na Bíblia, seu livro sagrado. Segundo esta religião, o homem foi criado por Deus, logo após a gênese dos céus e da terra. Aqui também a Humanidade foi modelada no barro, mas nesta versão ela ganha a vida através do sopro divino, exalado em suas narinas. De acordo com as crenças abordadas, variam as argumentações, mas muitas delas apresentam várias semelhanças. O Gênesis, primeiro livro do Antigo Testamento, por exemplo, narra a origem do mundo e do Homem com metáforas e símbolos muito parecidos com os das narrativas mesopotâmicas.
Apesar do Criacionismo ser uma teoria essencialmente religiosa, recentemente ela tem adquirido contornos mais filosóficos, com discussões sobre a independência da matéria imortal, a série de emanações do Ser Divino e a criação.

Desconhece-se a natureza dessa entidade, mas geralmente algumas religiões adotam uma visão antropomórfica deste ser – imaginam o Criador à imagem e semelhança do Homem, não só fisicamente, mas também emocionalmente. Geralmente, porém, esta criação se dá através da voz ou do pensamento deste ente. As narrativas, embora diferentes de uma cultura para outra, apresentam sempre traços em comum.
As idéias criacionistas, de modo geral, estendem a interferência divina além do ato criador. Deus, segundo a filosofia judaico-cristã, intervém diretamente no plano da matéria, uma vez que provoca, por exemplo, o dilúvio, assim como inspira Noé a construir sua arca e a conduzir nela diversos pares de animais, que povoarão posteriormente o mundo novo.
Atualmente o Criacionismo está mais conectado à crença do protestantismo norte-americano. Neste país, vários esforços têm sido realizados para introduzir nas aulas de Ciências a teoria criacionista, embora suas referências explícitas ainda sejam inconstitucionais. Seus adeptos tentam sutilmente revestir essas teses sob o título de “análise crítica da evolução”, para burlar a Constituição. Outras religiões aceitam algumas idéias de cunho mais científico, como os seis dias relativos à duração do ato criador, interpretados como seis eras geológicas, enquanto os considerados fundamentalistas abominam essa concepção.

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