Botticelli


Alessandro di Mariano Filipepi, mais conhecido como Sandro Botticelli, nasceu em Florença, 1º de março de 1445 e faleceu em 17 de maio de 1510), foi um pintor italiano da Escola Florentina. A pintura renascentista florentina, que se iniciara com artistas como Fra Angélico e Masaccio, adquiriu na segunda metade do século XV, com Botticelli, um caráter refinado, melancólico e elegante, afastado das buscas científicas do princípio do século.

Sua vida foi narrada na obra Vite (traduzida como As Vidas dos Artistas), de Giorgio Vasari.

Nascido em Florença, na popular Rione de Ognissanti, foi aprendiz de Andrea del Verrocchio entre 1467 e 1470, mesma época que Leonardo da Vinci. Em 1470, abriu seu próprio estúdio independente. Nesse ano, foi encarregado de pintar o quadro A Coragem, que seria pendurado no Tribunal do Palácio do Mercado.

Dedicou boa parte de sua carreira às grandes famílias florentinas, especialmente os Médici, para os quais pintou retratos. Entre tais obras, destacam-se: Retrato de Giuliano de Medici(1475 – 1476, Galeria Nacional de Arte, Washington, D.C.); A adoração dos Magos (I; II; III 1476 – 1477, Galeria Uffizi, Florença). O último rendeu-lhe a admiração e atenção da família Médici, que o colocou sob sua proteção e patronato.

Em 1472 ingressou na Companhia de São Lucas, uma fraternidade dedicada à caridade gerida por artistas. No ano seguinte, Botticelli foi chamado a Pisa, para pintar um afresco na catedral da cidade (essa obra foi perdida pelo desgaste do tempo).

Em 1481 esteve em Roma, para participar dos trabalhos na Capela Sistina, onde pintou os afrescos As Provações de MoisésO Castigo dos Rebeldes e A Tentação de Cristo.

Em 1505, fez parte do Comitê Florentino, organizado para decidir onde seria colocado o Davide Michelangelo.

Sua arte foi influenciada por artistas importantes, como Fra Filippo Lippi e Antonio Pollaiuolo. Seus contatos com a família dos Médici foram sem dúvidas úteis para que obtivesse proteção e condições para que produzisse várias de suas obras-primas.

Participou dos círculos intelectual e artístico da corte de Lourenço de Médici, recebendo a influência do neoplatonismo cristão lá presente, o qual pretendeu conciliar com as idéias clássicas. Tal síntese expressa-se em Primavera (1477) e O Nascimento de Vênus (1483), ambas realizadas sob encomenda para enfeitar uma residência dos Médici e que hoje estão expostas na Galeria Uffizi, em Florença, na Itália. Até hoje não há consenso na interpretação dessas pinturas, embora creia-se que "Vênus" pode ser vista como símbolo do amor tanto cristão como pagão.

Nesta linha pagã, destacam-se também a série de quatro quadros Nastagio Degli Onesti(Museu do Prado, Madri: I; II; III; IV), produzidos em 1483, nos quais o artista recria uma das histórias do Decameron, de Boccaccio. Também pintou diversos quadros de temática religiosa, como A Virgem Escrevendo O Magnificat (1485); A Virgem de Granada (1487) eA Coroação da Virgem (1490), todas expostas na Galeria Uffizi, e Virgem com o Menino e Dois Santos (1485), exposta no Staatliche Museen, em Berlim. Na temática religiosa destacam-se também: São Sebastião (1473 –1474, Staatliche Museen) e um afresco sobre Santo Agostinho (1480, Ognissanti, Florença).

Na década de 1490, quando os Médici foram expulsos de Florença, Botticelli passou por uma crise religiosa e tornou-se discípulo do monge beneditino Girolamo Savonarola, que pregava a austeridade e a reforma, mas Botticelli jamais deixou Florença. Nessa nova fase destacam-se: Pietà (princípios da década de 1490, Museu Poldi Pezzoli, Milão); A Natividade Mística(década de 1490, National Gallery, Londres) e; A Crucificação Mística (c. 1496, Fogg Art Museum, Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos). Todos expressam intensa devoção religiosa e representam certo retrocesso no desenvolvimento de seu estilo.

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